quinta-feira, 26 de janeiro de 2012


Lesões por Esforços Repetitivos (L.E.R.)


Nos últimos anos, aumentou o número de brasileiros que sofrem de Lesões por Esforços Repetitivos (L.E.R.), principalmente devido ao uso freqüente do computador. A doença, que também é conhecida como Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), atinge mais as mulheres.
Segundo o ortopedista Sérgio Gama, de São Paulo, a proporção é de 85% de mulheres para 15% de homens diagnosticados e a faixa etária mais afetada está entre os 20 e 40 anos. "As mulheres são mais tensas e preocupadas que os homens, já que têm muitas responsabilidades. Elas chegam a enfrentar duas e até três jornadas de trabalho enquanto os homens não", acrescenta ele.
O rótulo de L.E.R. enquadra-se em um conjunto de problemas ortopédicos que envolvem nervos, tendões e músculos. "São as tenossinovites (inflamação da bainha dos tendões), as tendinites (inflamação dos tendões), epicondilites (inflamação do epicôndilo, proeminência óssea localizada na face lateral da extremidade distal do úmero), síndromes compressivas e outras enfermidades associadas ao uso repetitivo de segmentos do corpo, principalmente membros superiores, onde ocorrem com maior freqüência esses tipos de lesões", esclarece Rames Mattar, ortopedista de São Paulo.
"A cura das Lesões por Esforços Repetitivos acontece em 100% dos casos, quando diagnosticados nos primeiros estágios"
O tratamento demanda diagnóstico preciso e equipe multidisciplinar. "O sintoma mais freqüente é a dor, que no início surge durante o período de trabalho. O diagnóstico é baseado no exame médico", explica Mattar.
Na avaliação, além do exame físico, são importantes as informações e observações relativas ao posto de trabalho, condições e informações prestadas pelo paciente. "Elas serão úteis para esclarecer a relação da doença com a atividade profissional, para a detecção de fatores de risco presentes no ambiente de trabalho e planejamento eficaz de medidas preventivas", afirma o especialista.
De acordo com Gama, o repouso do segmento afetado é fundamental. "O afastamento do trabalho, onde geralmente se encontra o fator causal, é necessário. A utilização de analgésicos, antiinflamatórios, relaxantes musculares e fisioterapia compõem a primeira abordagem terapêutica. Há casos que necessitam de imobilização. Os casos crônicos podem exigir tratamento cirúrgico. A troca de função, o afastamento prolongado ou até definitivo de determinadas atividades pode ser preciso", diz ele.
Este foi o caso da advogada Claudete de Almeida, de São Paulo, que precisou ficar 15 dias de repouso em casa por causa da doença. "Eu sentia muitas dores e não sabia o motivo. Sempre achava que estava dormindo de mau jeito ou qualquer coisa parecida, mas não imaginei que poderia ser L.E.R. Depois de passar quatro meses com dores, procurei um médico para fazer exames e iniciar tratamento. Foi preciso imobilizar e fiquei em casa por duas semanas", conta a advogada, de 38 anos.
A cura das Lesões por Esforços Repetitivos acontece em 100% dos casos, quando diagnosticados nos primeiros estágios. Nos casos mais graves, a cura (integral ou parcial) dependerá da disciplina e de boas condições psicológicas do lesionado.
Prevenção
- Evitar atividade repetitiva e prolongada (datilografar ou digitar horas seguidas, sem interrupção).
- Melhorar as condições ergonômicas do trabalho (cadeiras e mesas adequadas, apoiadores de antebraços para digitadores etc).
- Descanso intercalado durante a jornada de trabalho, destinando 10 minutos em cada hora para exercícios de alongamento e relaxamento.
- Ação conjunta entre empregadores e empregados que visem prevenir as lesões decorrentes de esforços repetitivos.


Incêndios em edifícios altos


Os vários andares de um edifício alto cria o efeito cumulativo de exigir um grande número de pessoas a viajar grandes distâncias verticais em escadas, a fim de evacuar o edifício. Na evacuação do World Trade Center após o atentado terrorista em 1993, dezenas de milhares de ocupantes do edifício saíram com sucesso e segurança percorrendo cerca de cinco milhões de lances de escadas.



Dúvidas Trabalhistas? ai vai uma ajuda...